Em pleno século XXI, com todo o contexto e
possibilidades de informação, ainda temos o desprazer de ouvir falar que
políticos se apropriam de marcação de exames e consultas médicas para fins
eleitorais. Se isso for real, torna-se algo muito perigoso, pois ameaça a
própria democracia, uma vez que, pode estabelecer relações de fidelidade, entre
o político que utiliza desse expediente (a prestação do serviço de saúde) e o
eleitor, que lhe assegurara a fidelidade eleitoral, algo parecido com
"suserania e vassalagem".
Não seria exagero, pensar que essa é mais uma
modalidade de corrupção, uma vez que, apropriar-se da coisa pública (serviços
de saúde) para negociar como moeda de troca, nesse caso para a obtenção do voto,
seguramente constitui-se numa pratica corruptiva. Além de tudo, pode possibilita
o privilegio de uns, enquanto outros madrugam nas filas das instituições de
saúde, em busca do atendimento que realmente necessita, mas que nem sempre obtém,
pois, talvez os serviços não encontrados nas unidades, estejam nas mãos de
pessoas que usam da influência para impor os seus próprios critérios de
atendimento.
O acesso à informação e a utilização das redes sociais,
constitui-se em um poderoso instrumento de controle social, através do qual, o
cidadão pode tornar-se combativo e fazer frente a essa prática que atenta
contra o direito à saúde e agride a democracia, e pode conduzir políticos
despreparados para assumir cargos públicos, muitas vezes incompatíveis com o
nível de conhecimento, algo que pode dificultar o caminho para construção das
políticas públicas, que assegurem direitos, possibilite inclusão social e
conquista da cidadania plena.
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