Todo brasileiro tem um
pouquinho de técnico de futebol, então chegou a hora dos meus pitacos. Passei a
vida inteira ouvindo dizer que um bom time de futebol começava pelo
entrosamento entre os jogadores. Alguns chegavam a dizer que atletas que
atuavam juntos por muito tempo, nem precisavam levantar a cabeça para encontrar
o parceiro em boas condições no gramado, mas ao que parece a pandemia
mexeu com as cabeças dos treinadores brasileiros, entre uma partida e outra e
até dentro da mesma partida fazem um apanhado de mudanças que desfiguram as
equipes completamente.
Durante muito tempo
as teorias dominantes diziam que os atletas precisavam atuar em um maior número
de partidas para ter ritmo de jogo e melhorar o entrosamento, mas nos dias atuais o atleta que joga na quarta precisa
descansar no domingo. Isso aumenta as minhas saudades dos tempos de Zico,
Roberto Dinamite e Beijoca, os caras queriam jogar, o futebol era uma festa
tanto para os jogadores como para as torcidas.
Sabe, eu sou
bahêêa! com muito orgulho, com muito amor, mas não dar para aguentar tantas
besteiras de treinadores. Por diversas vezes o time terminou o primeiro tempo
dominando o adversário e retornou para a segunda etapa com várias mudanças,
completamente desfigurado. Houve partidas que o time apresentou sinais
claros de evolução, mas nos jogos seguintes as escalações vieram com metade da
equipe modificada. A precipitação e impaciência são dois inimigos do Bahia
nesta temporada, por tanto, segue aqui o meu pitaco, priorizem o entrosamento
do grupo e possibilitem que os jogadores se sintam seguros, para ressurgir toda
a nossa vibração.
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