Em 11 de Março de 2011 o Japão foi vitima de um terremoto seguido de tsunami, que provocaram sérios danos à Usina Nuclear de Fukushima, localizada a 250 km de Tóquio. A radiação no entorno da usina foi oito vezes maior que o limite de segurança, fator que determinou que a população fosse evacuada em um raio equivalente a 20 km. A dor do povo japonês mobilizou a comunidade internacional e acendeu as discussões sobre a viabilidade da produção de energia nuclear.
Trata-se de um tipo de energia que utiliza minerais bastante radioativos, como o urânio. O núcleo atômico é transformado através do processo de fissão, onde o mesmo se subdivide em duas ou mais partes, ou na fusão em que pelo menos dois núcleos se unem para formar um só núcleo atômico. Os Estados Unidos lideram o ranking dos países que mais produzem esse tipo de energia, possuem 100 (cem) reatores e geram aproximadamente 20% de toda a eletricidade que utilizam no país. No Brasil a produção de energia nuclear não ultrapassa o percentual de 2,3 % da que é gerada no país. Sendo que toda a produção se concentra na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada no Rio de Janeiro, com 03 (três) unidades (Angra 1, Angra 2 e Angra 3), atualmente apenas Angra 2 se encontra em pleno funcionamento.
Pontos supostamente positivos de uma usina nuclear: não necessita de grandes áreas para a produção; cria condições de independência em relação à importação do petróleo; não contribui com gases geradores do efeito estufa.
Pontos supostamente negativos: elevados custos de construção e operação; promove condições para a construção de armas nucleares; incerta destinação para o lixo atômico e possibilidades de acidentes radioativos.
Assim como o acidente na Usina Nuclear de Fukushima, outros episódios envolvendo energia nuclear já assustaram a população mundial, entre eles: um atentado ás cidades de Nagasaki e Hiroshima, no Japão, durante a II Guerra Mundial, cerca de 100 mil pessoas morreram em 1945; acidente na usina de Thee Mile Island em 1979 na Pensilvânia, nos Estados Unidos. No dia seguinte ao acidente a radioatividade em volta da usina já era oito vezes maior que o letal e uma área de até 16 km em volta estava contaminada; Chernobyl, em 1986, um incêndio e vazamento de radiação na usina ucraniana, na antiga União Soviética, deixaram milhares de feridos e (31) mortos, alem da necessidade de evacuar 130 mil pessoas da região. Depois do acidente foi notado o surgimento de vários casos de câncer, em especial na glândula tireóide de crianças; No Brasil em 1987, na cidade de Goiânia, um acidente com césio 137, provocou mortes e dezenas de vitimas graves. O caso de Goiânia foi diferente dos demais por não ter ocorrido em uma usina nuclear: uma cápsula com o césio 137 foi abandonada em um ferro velho, após ser violada contaminou as pessoas que tiveram contato.
Depois do acidente em Fukushima alguns países como a Alemanha e Suíça, resolveram suspender temporariamente seus projetos nucleares. Enquanto que no Brasil, o governo não esboça nenhum esforço no sentido de possibilitar o debate sobre o assunto. Diante da especulação sobre um suposto projeto para instalar quatro usinas na região nordeste do país, especificamente nos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, o mínimo que se espera é que o governo brasileiro crie condições para que os cidadãos possam conhecer e opinar sobre o projeto. Com a palavra os parlamentares da região nordeste.
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