O Relatório do CLUBE DE ROMA

 

Tamanhos descuidos ambientais podem representar a redução da biodiversidade, aquecimento global, escassez de agua e de alimentos, doenças e comprometimento nos níveis de qualidade de vida das populações. Com base nisso, em 1972, um grupo de pessoas, intitulados de O Clube de Roma, formado por empresários, educadores, cientistas e profissionais representando 10 (dez) países, lançaram um relatório sobre meio ambiente, com a denominação de Os limites do Crescimento, onde expuseram as preocupações sobre o uso excessivo dos recursos naturais. O principal objetivo desse relatório era alertar os líderes mundiais para questões fundamentais, como poluição, questões energéticas, saúde das populações, saneamento básico e crescimento populacional e ao mesmo tempo propor um caminho para que o desenvolvimento econômico fosse harmonizado com a preservação da natureza.

As queimadas na Amazônia X as queimadas nos quintais

 

É importante relatar sobre a importância da Amazônia, tanto para o Brasil, como para o restante do mundo, com sua capacidade de ajudar na regulação do clima e servir de abrigo para a maior biodiversidade do planeta, mas, esse bioma tão necessário para a conservação da vida, sofre pelo desmatamento e pelos constantes incêndios, parece que nada é mais importante do que o lucro, os interesses individuais sempre à frente das necessidades coletivas e da conservação do meio ambiente.

Com menor repercussão, mas nem sempre menos impactantes estão as atitudes negativas que praticamos em nosso cotidiano, a formação de lixões, derrubadas de árvores, queima de materiais nos quintais das casas, lançamento de esgoto nas redes de água pluvial, poluição sonora, ou mesmo, as chaminés dos fornos de pequenos fabricos e instalações de atividades industriais em zonas residenciais, ou seja, se a "nossa casa" estiver limpa, arejada e com os equipamentos necessários para a felicidade dos que nela habitam, parece que estamos em uma bolha de proteção, por isso, o que acontece no entorno, no lado de fora é problema do outro, mas a questão é que mais cedo ou mais tarde você será o outro.

Acidentes Ambientais no Brasil

 

Na contemporaneidade, o Brasil vem sofrendo cicatrizes profundas em razão da degradação do meio ambiente. No dia 05 de novembro de 2015, o rompimento da Barragem de Fundão, localizada no município de Mariana, Estado de Minas Gerais fez jorrar uma enorme quantidade de lama, que atingiu o Rio Doce e se espalhou por diversas localidades, ocasionando fortes impactos ambientais, com a poluição de solos, corpos d’água, destruição de vegetações, mortes de animais, inclusive seres humanos.

Ainda no Brasil, a data de 25 de janeiro de 2019, marcou outro acidente ambiental de grandes proporções em barragem, desta vez no Córrego do Feijão, Brumadinho, também no Estado de Minas Gerais, com inúmeros impactos ambientais e a morte de uma grande quantidade de pessoas.

Outro episódio que marcou negativamente a Historia Ambiental no Brasil foi o derramamento de óleo no litoral nordestino. As primeiras manchas foram notadas no mês de agosto de 2019, no Estado da Paraíba e logo se espalhou por outros estados da região. O material atingiu diversas praias, manguezais, bancos de corais e berços de biodiversidade marinha, como o Parque Nacional de Abrolhos, tendo relatos de diversos animais marinhos mortos por contaminação, tais como: tartarugas, peixes, frutos do mar, corais e até aves. Além dos impactos ambientais, esse episódio também apresentou graves problemas econômicos, impactando a questão do turismo e as atividades pesqueiras.

O Processo Histórico da Degradação Ambiental

 

Observando atentamente é possível perceber que a destruição da natureza segue um processo histórico sem tréguas, em acordo com os exemplos a seguir: no século XVI, grande parte da mata atlântica brasileira foi desmatada pelos portugueses, que objetivava elevar os seus lucros com o envio de enormes quantidades de Pau Brasil (Caesalpinia Echinata) para a metrópole.  No mesmo período houve a captura e escravização de nativos (índios) e depois a escravização de africanos, todos severamente explorados e mau tratados pelos “senhores”, algo que caracteriza a degradação da raça humana.

O principal marco da degradação do meio ambiente é a Revolução Industrial do século XVIII, ocorrida na Inglaterra, mas que se espalhou rapidamente por diversos países da Europa, quando o trabalho artesanal foi substituído pela produção industrial, introduzindo maquinas alimentadas por carvão mineral, uma energia bastante poluente. Esse momento marcou o surgimento das chaminés, com o lançamento de grandes quantidades de gases poluentes na atmosfera e o uso indiscriminado dos recursos naturais.

Meio Ambiente e Cidadania (O livro)

Durante toda esta semana estaremos publicando a introdução do livro que está sendo produzido por Horacio Amorim. O livro trata da questão ambiental e sua introdução será dividida em partes, que diariamente serão publicadas nesse blog. O livro tem previsão de lançamento para o início do segundo semestre de 2021, mas a introdução será revelada para os frequentadores do nosso blog, veja:

Historia Ambiental - primeira publicação (Introdução)

Os cuidados com o planeta terra precisam ser baseados na forma que as famílias utilizam para proteger suas casas, aliás, as moradias dos seres humanos não são estruturas isoladas do resto do mundo, elas estabelecem conexões com a rua, o bairro, enfim, estão em um país, dentro do planeta, tudo numa só engrenagem. Desse modo, os princípios para preservar as florestas, os animais, os corpos d’água, o solo e o ar que respiramos estão estabelecidos na forma que cuidamos da cozinha da casa, os móveis, a pintura das paredes e na defesa dos moradores do lar. A receita está pronta, basta utiliza-la em defesa do meio ambiente, pois, se cuidarmos apenas da “casa”, corremos o risco de descuidar da vida, inclusive da nossa.

Aqui, a ideia não é minimizar a importância do local que vivemos, mesmo porque, a conservação do planeta começa nas atitudes adotadas pelos próprios indivíduos, em suas localidades, isso é o que justifica a expressão “pensar global, agir local”, mas, incentivar a construção de uma mentalidade voltada para cuidar do todo e não apenas das partes com interesses específicos. Em princípio estamos tratando de uma missão relativamente simples, de não promover impactos ambientais e permitir que a natureza siga seu curso normal e em casos de áreas já impactadas por ações antrópicas, adotar providencias para que ela se recomponha.

Mete Dança

 

Em 2021 Teremos as Máscaras da Alegria