Certamente as diversas catástrofes ambientais ocorridas nos últimos anos podem ser atribuídas ao modo como os recursos naturais vêm sendo explorados. Assim sendo é imperativo que os líderes mundiais sejam capazes de assumir posturas bem definidas em relação aos aspectos ambientais, econômicos e sociais. A RIO + 20 é a grande oportunidade para a construção de um pacto global, visando reduzir impactos, recuperação de áreas e criação de meios que possibilitem a formação de uma nova consciência ambiental. Todavia, no dia de hoje (21/06) surgiu uma grande desconfiança em relação à própria seriedade da conferência, o Secretário Geral da ONU, Banki-Moon, que ontem havia dito que o documento final da RIO + 20 não era ambicioso, hoje, contradisse suas palavras ao afirmar que o relatório é ambicioso e vai conduzir o mundo à direção do Desenvolvimento Sustentável.
Enquanto isso, a sociedade civil aproveita a conferencia para protestar contra os rumos que estão sendo tomados na Rio + 20, bem como, contra a ineficiência do governo brasileiro em relação ao desmatamento na Amazônia. Além de passeatas pelo centro do Rio de Janeiro, os manifestantes gritaram palavras de ordem (sentados ao chão) a poucos metros do local onde os líderes mundiais discursavam. Um dos momentos que mais chamou à atenção foi quando uma menina de 11 anos (canadense) rasgou um papel simbolizando o texto final da Rio + 20.
Espera-se que chefes de estado e ambientalistas tenham maturidade suficiente para entender que não é necessário destruir a natureza pra crescer economicamente e nem que para conservá-la seja preciso parar de produzir, a palavra chave, tanto na conferência, como no trato com o meio ambiente é equilíbrio, sendo possível harmonizar desenvolvimento econômico, conservação do Meio Ambiente e garantia dos direitos sociais. Deve se esperar também, que a sociedade se mantenha mobilizada mesmo depois da conferência, como forma de cumprir seu papel e exigir dos poderes públicos o cumprimento de suas competências.