domingo, 16 de setembro de 2018

domingo, 15 de abril de 2018

As Baronesas nos corpos d'água

As Baronesas das nossas lagoas!
As discussões sobre a proliferação de Baronesas na Lagoa Grande, no município de Feira de Santana, criam o cenário perfeito para o debate sobre a poluição dos nossos corpos d'água. Na verdade o problema não são as Baronesas, mas a irresponsabilidade de quem lança ou não impede o lançamento de esgotos domésticos e quem sabe industriais em nossos mananciais hídricos, contrariando o disposto no artigo 225 da constituição brasileira, segundo a qual, cabe ao poder público e a coletividade o dever de preservar o Meio Ambiente, portanto, somos todos responsáveis.
A Baronesa é apenas um indicativo sinalizando que as águas estão poluídas, mas ou menos no modo que a febre indica a existência de infecção no corpo humano.
Trata-se de um vegetal que atua como um filtro natural, podendo sugar as impurezas e ajudar na despoluição das águas, além de servir de abrigo para a fauna presente nos ecossistemas, tais como: microrganismos, répteis, peixes, anfíbios e outros.
Os problemas decorrem principalmente da falta de manejo adequado, ocasionando a proliferação demasiada da planta e assim, o surgimento de grandes entraves, tais como: dificuldades para a navegação, baixa penetração da luz solar, que pode dificultar a oxigenação do corpo hídrico, podendo levar ao desaparecimento de diversos elementos que compõem o ecossistema.
Penso que cada um de nós temos o dever de dispensar um pouco mais de atenção, no sentido de fazer de Feira de Santana uma cidade que preserve os seus recursos naturais e promova melhor qualidade de vida para a sua gente.

terça-feira, 6 de março de 2018

UNAMACS: vale a pena conhecer

 

        As vezes deixamos de escrever por pura falta de motivação, ou por não acreditar nas ações desenvolvidas nas áreas que representam o nosso campo de estudo, analise e atuação. Em razão disso, por muito tempo deixei de tratar sobre a questão ambiental, todavia, nos últimos dias ganhei um motivo para abordar sobre o assunto: o funcionamento da  UNAMACS - Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cidadania Sustentável, uma ferramenta de Educação Ambiental dirigida pelo Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Feira de Santana. A instituição funciona no Parque da Cidade Frei José Monteiro, onde são desenvolvidos os mais variados cursos com a temática ambiental, inscrições gratuitas e aberta a todos os públicos, mesmo para cidadãos que deixaram de estudar ou ainda não concluíram o ensino médio. A UNAMACS tem a coordenação das  professoras Elizangela Lucena e Erika Teles.
        Tive a oportunidade de acompanhar o curso de Crimes Ambientais, ocorrido nos dias 01 e 02 deste mês, que teve como palestrante o Sargento Marcio (Policia Militar da Bahia), na verdade um grande entusiasta da questão ambiental, na oportunidade tratou-se da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), com aspectos relacionados ao trafico de animais silvestres, queimadas, desmatamento, licenciamento e descumprimento de condicionantes estabelecidas no próprio processo de licenciamento, assim como, sobre o decreto 50620/61, que proibi o funcionamento de Rinhas de briga de galo.
        Segundo a professora Elizangela Lucena, através da Educação Ambiental é possível acreditar em mudanças de atitudes, além de reflexões que possibilitem a transformação dos seres humanos, visando a promoção de relações mais saudáveis, entre o homem e a natureza. Temos percebido que a procura  pelos cursos da UNAMACS vem crescendo bastante, o que nos deixa muito satisfeita, comemora a professora Erika Teles.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Desenvolvimento Sustentável?

De acordo com diversos pensadores, a revolução Industrial é o marco da degradação ambiental no planeta, período em que a mão de obra manufaturada foi substituída pelo trabalho industrial. Essa nova forma de trabalho traz consigo, o uso da energia elétrica, combustíveis derivados de petróleo, carvão, aço e o desenvolvimento de produtos químicos, ainda nesse momento,  acontece a invenção do motor, locomotivas e trens a vapor e  a mão de obra utilizada se baseia em jornada excessivas de trabalho, baixos salários, exploração do trabalho infantil e péssimas condições de trabalho.

A situação descrita acima, apresenta todo um contexto que favorece a degradação dos recursos naturais: com grande potencial de poluição do solo, ar, água, aumento na geração de resíduos e poluição sonora, alem da exploração dos trabalhadores.

Outro momento que contribuiu para a degradação do Meio Ambiente foi o período posterior a quebra das bolsas de Nova York, Londes, Berlim e Tóquio, 1929. Com a necessidade de resgatar a força da industria são lançadas as idéias desenvolvimentistas, o problema é que essa teoria tem como princípio o desenvolvimento econômico, com base na industrialização e na infraestrutura, mas sem nenhuma preocupação com o desenvolvimento social e ambiental.

 Em defesa do Meio Ambiente, surge algumas teorias, entre elas:  preservacionismo: Isolar áreas territoriais para evitar a degradação provocada pelo homem, ou seja, a natureza não para o uso, mas para a contemplação; e os Conservacionistas: que sugerem a proibição da caça, o estabelecimento de ações de  proteção da vida selvagem e das paisagens naturais, além de melhorar as condições de vida dos trabalhadores urbanos, essa teoria amplia a ideia de meio ambiente, inserindo as questões sociais.

No Brasil o conceito de Meio Ambiente, que consta na Lei 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente), diz:" É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica". Para mim o Meio Ambiente é um espaço, de uso coletivo, em que além das interações entre os humanos, acontecem as relações entre todas as outras formas de vida, algo que necessariamente, deve ocorrer com respeito e harmonia.

Na atualidade o conceito mais trabalhado é o de Desenvolvimento Sustentável, surgido na década de 80, pela Comissão mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento. É uma proposta que constitui-se num modelo econômico, que busca o equilíbrio nas questões sociais, econômicos e ambientais, apresentando melhoria na qualidade de vida, eficiência econômica, crescimento, equidade social e compromissos com as próximas gerações.
A verdade é que não se pode pensar em desenvolvimento, se não for pela construção de uma sociedade justa, que respeite todas as formas de vida. O meio ambiente é uma casa comum com grande diversidade entre os hospedes e essas diferenças possibilitam que cada grupo exerça um  importante papel  no equilíbrio ambiental.

 A consciência de que vivemos e somos  parte do meio ambiente é um caminho para atuarmos por uma sociedade sustentável, porém, se não enfrentarmos questões sociais, como: exploração infantil, lixões , esgotos em vias publicas, desemprego, fome e violência, não seremos competentes para proteger as onças, os tatus e os vegetais em extinção e perderemos a oportunidade de construir caminhos para melhorar a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental.

CASA VERDE: os caminhos da ecologia

  Um livro que discute as questões ambientais dentro de um contexto histórico, tendo como marco o período colonial brasileiro. As reflexões ...